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Lives celebram Dia Internacional do Orgulho Gay
Pandemia da Covid-19 restringe manifestações a redes sociais e ações solidárias
O Dia Internacional do Orgulho Gay é comemorado anualmente em 28 de junho em todo o mundo.Também conhecido como o Dia Internacional do Orgulho LGBTI (Gays, Lésbicas, Bissexuais, Transexuais e Pessoas Intersexo), ou simplesmente Dia do Orgulho Gay, esta data tem como principal objetivo conscientizar a população sobre a importância do combate à homofobia para a construção de uma sociedade livre de preconceitos e igualitária, independente do gênero sexual.
Serve também como um reforço do reconhecimento de gays, lésbicas, bissexuais e pessoas de outras identidades de gênero: que todos devem se orgulhar de sua sexualidade e não sentir vergonha da sua orientação sexual.
Normalmente, nesta data, são organizadas festas e desfiles pelas ruas das grandes cidades, onde os membros da comunidade LGBT e simpatizantes do movimento se reúnem para celebrar o amor e a igualdade entre todos os gêneros. Com o isolamento social imposto pela pandemia do novo coronavírus, este ano não haverá as tradicionais paradas, nem festas com aglomerações. Como, por exemplo, a tradicional Parada do Orgulho Gay, um gigantesco desfile que chega a reunir milhões de pessoas, em São Paulo.
A origem da data
O Dia do Orgulho LGBT foi criado e celebrado nesta data em homenagem a um dos episódios mais marcantes na luta da comunidade gay pelos seus direitos: a Rebelião de Stonewall Inn.
Em 1969, a data marcou a revolta da comunidade LGBT contra uma série de invasões da polícia de Nova York aos bares frequentados por homossexuais, que eram presos e sofriam represálias por parte das autoridades. A partir deste acontecimento foram organizados vários protestos em favor dos direitos dos homossexuais em diversas cidades norte-americanas.
A 1ª Parada do Orgulho Gay foi organizada no ano seguinte (1970), para lembrar e fortalecer o movimento de luta contra o preconceito. A Revolta de Stonewall Inn é tida como o “marco zero” do movimento de igualdade civil dos homossexuais no século 20.
A força da mídia
No Brasil, o movimento LGBTI+ começou a se desenvolver a partir da década de 70, em meio a ditadura militar. Durante o período, a polícia tinha o costume de deter e prender homossexuais de forma violenta, sob a ‘alegação’ de que estavam praticando ‘vadiagem’. Na cadeia, muitos foram torturados e assassinados.
Numa época de tanta censura, as publicações alternativas LGBTI+ foram fundamentais para o avanço do movimento. Entre elas, se destacaram: Lampião e ChanacomChana.
O Lampião foi fundado em 1978 e era abertamente homossexual, embora abordasse também outras questões sociais. Editado por um grupo de intelectuais homossexuais no Rio de Janeiro, o periódico frequentemente denunciava a violência contra os LGBTs e fazia oposição ao regime militar.
Em 1981, foi fundado o ChanacomChana, primeira publicação ativista lésbica do Brasil. O jornal era comercializado no Ferro’s Bar, mas, em 1983, os donos do estabelecimento expulsaram as ativistas do local. Em 19 de agosto do mesmo ano, o Galf – Grupo de Ação Lésbica Feminista, organizou um ato político no local que resultou no fim da proibição da venda do jornal.
Este episódio repercutiu nacionalmente e é frequentemente comparado à Revolta de Stonewall, ficando conhecido como o “Stonewall brasileiro”. Por sua causa, no dia 19 de agosto comemora-se o Dia do Orgulho Lésbico.
Comemorações on-line em lives na internet
Entre as comemorações mais aguardadas do Dia Internacional do Orgulho Gay está a live “Pride with Pabllo” da cantora Pabllo Vittar e amigos a partir das 17h no canal da artista no Youtube