Cultura
Gilberto Gil na Academia Brasileira de Letras
O autor de clássicos da música brasileira ocupará a Cadeira de número 20
Gilberto Gil é o mais novo imortal da Academia Brasileira de Letras (ABL). O cantor e compositor baiano foi eleito na tarde desta quinta-feira (11). A vitória foi obtida com 21 votos, numa disputa que incluía ainda o compositor e escritor maranhense Salgado Maranhão, que obteve 7 votos e o escritor Ricardo Daunt.
O cantor e compositor baiano ocupará a cadeira de número 20 cujo patrono é o romancista Joaquim Manuel de Macedo, autor do clássico “A Moreninha” e que foi ocupada, a partir de 1999, pelo jornalista Murilo Melo Filho, que morreu em maio de 2020.
Ministro da Cultura entre 2003 a 2008, durante o governo Lula, ele é um dos principais expoentes do movimento tropicalista, responsável por uma revolução na música e na estética brasileira a partir dos anos 1960. Junto com o professor e pesquisador da língua portuguesa Domício Proença Filho, Gilberto Gil será um dos dois representantes negros na entidade.
Pluralidade Intelectual da ABL
Recentemente, a atriz Fernanda Montenegro, de 92 anos, também foi eleita imortal da ABL. Ela recebeu 32 votos dentre os 34 participantes do pleito formado por homens e mulheres ligados ao mundo das letras. As vitórias de Gilberto Gil e Fernanda Montenegro revelam o momento de pluralidade intelectual em que vive a Casa de Machado de Assis. Para a escritora Nélida Piñon, primeira mulher a presidir a casa, em 1996, a Academia espelha a realidade criadora cultural do Brasil.