Cultura
Estreia série do Prime Box Brazil gravada na Bahia
Balaclava é uma série jurídico-dramática que se propõe a revelar como funcionam os crimes de lavagem de dinheiro e organização criminosa
O combate a crimes transnacionais investigados pela Agência Interamericana de Investigação (AGI), de Salvador, é o pano de fundo da série Balaclava, destaque da programação de novembro do canal Prime Box Brazil. Inédita e exclusiva do canal, a série de oito episódios também poderá ser assistida no streaming do canal disponível no aplicativo da Box Brazil Play.
Balaclava é uma série jurídico-dramática que se propõe a revelar como funcionam os crimes de lavagem de dinheiro e organização criminosa. Nesta primeira temporada, a AGI irá investigar um misterioso grupo de empresários poderosos, banqueiros e um magnata das armas.
A história acompanha o chefe da AGI, Victor Valli, um profissional sério que não aceita sair da linha para alcançar os objetivos. Valli conta com a ajuda de outros três profissionais altamente qualificados para combater o crime organizado nas mais diversas formas e universos de ação – redes de saúde, tráfico de armas e pessoas, pedofilia. Os quatro enfrentam grupos e homens poderosos, que jamais foram desafiados pela lei.
Elenco reúne artistas baianos
Para o produtor executivo da série, Amadeu Alban, um dos principais desafios foi a quebra de tradição do cinema baiano. “É uma das primeiras ficções seriadas fora do eixo produzidas na Bahia. Significa pensar e preparar a equipe para lidar com uma produção em capítulos, não um longa-metragem nem séries de TV de variedades e documentais. Desde como contar a história até como conseguir viabilizar os recursos narrativos, que se traduzem em recursos técnicos e de produção, para contar essa história de maneira bacana para a audiência”, explica.
Um dos diferenciais de Balaclava é a participação ativa da juíza Sônia Mariza Aguiar e da escritora e roteirista Iara Sydenstricker. Elas se conheceram em um curso de pós-graduação em roteiro, coordenado por Iara. A partir da iniciativa de Sônia, a dupla se uniu para elaborar o roteiro. A magistrada relata que a ideia do seriado surgiu após uma pesquisa jurídica conduzida por ela sobre a Lei de Organização Criminosa, de 2013.
“É um tema complexo, mas necessário, e percebi que poderia render um produto audiovisual de alto espectro, um produto que pudesse transpor informações fundamentais para que o telespectador pudesse compreender a realidade dos crimes de organização criminosa e lavagem de dinheiro”, destaca Sônia.
O principal objetivo da produção – cuja trama e personagens são totalmente fictícios – é disseminar informações corretas. “Vai servir de esclarecimento à população e isso pode ser sentido desde o primeiro episódio. A série começa e termina com enunciados jurídicos, e poderá ser utilizada pela comunidade jurídica, pelas universidades, pelas instituições e também para fora da comunidade jurídica”, pondera a juíza.
“Foi uma parceria muito interessante porque sou roteirista, sou escritora, e a Sônia é da área, é juíza. Foi muito legal a forma como nos complementamos. Nos demos muito bem pessoalmente e profissionalmente, foi um trabalho de muita complementaridade”, conta Iara Sydenstricker, coautora do seriado.
Produzida pela Movioca Casa de Conteúdo, a série traz no elenco nomes como Antônio Fábio, Carlos Betão, Celso Jr., Fernanda Beling, Kadu Veiga, Licínio Januário, Lúcio Tranchesi, Luísa Prosérpio, Narcival Rubens, Nill Marcondes, Paulo Roque. A série foi filmada em Salvador, na Bahia.
“Não é exatamente uma série glamurosa, a intenção é explicar como esses crimes funcionam. Há pouco conteúdo na mídia sobre esse tipo de crime. A série chega em um momento interessante e é muito didática, explica direitinho como funciona esse sistema. Vai ser um produto interessante para quem quiser conhecer melhor o tema e se informar por meio de uma série gostosa de assistir”, explica Iara.