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Danuza Leão morre no Rio de Janeiro aos 88 anos
Danuza Leão fez história como modelo e ditou comportamento em livro de etiquetas
A escritora, jornalista, modelo e atriz Danuza Leão morreu nesta quarta-feira (22) aos 88 anos. Nascida no Espírito Santo, aos dez anos, ela e a família se mudaram para o Rio de Janeiro.
Danuza deu início a sua carreira como modelo na década de 50, quando se tornou uma das primeiras brasileiras a desfilar no exterior. Como atriz, ela participou, em 1967, do filme “Terra em Transe”, como a personagem Sílvia. A obra de Glauber Rocha é um dos maiores clássicos do movimento do Cinema Novo.
Ela acompanhou de perto o nascimento da Bossa Nova, já que era irmã da cantora Nara Leão. Era no apartamento delas em Copacabana, na Zona Sul do Rio, que aconteciam as reuniões dos grandes artistas da época.
Além de modelo, Danuza também foi jurada de programa de TV, entrevistadora, dona de boutique, produtora de arte e promoter de boates no Rio. O sucesso como escritora veio com o livro de etiquetas sociais “Na Sala Com Danuza”, em 1992. O livro foi um dos mais vendidos daquele ano e virou um clássico dentre os manuais de etiqueta. Em 2004, Danuza publicou uma nova edição de seu maior sucesso, “Na Sala Com Danuza 2”. Em seguida, ela escreveu o “Quase Tudo” (2005), um livro de memórias, pelo qual recebeu o Prêmio Jabuti; “Danuza Leão Fazendo as Malas” (2008), também ganhador do Prêmio Jabuti; “Danuza Leão de Malas Prontas” (2009) e “É Tudo Tão Simples” (2011).
Ainda no campo da escrita, Danuza também escreveu crônicas no “Jornal do Brasil”, na “Folha de S.Paulo” e em “O Globo”, sobre assuntos variados, que iam desde comportamento, relacionamento, família até dicas de etiqueta.
O corpo de Danuza Leão será cremado no Rio de Janeiro, mas a família ainda não revelou a data.