Cultura
Show de Johnny Hooker abre 26° Festival Mix Brasil
Festival Mix Brasil de Cultura da Diversidade é o maior evento da América Latina
A partir da próxima quinta-feira (15) até dia 25, São Paulo recebe o 26° Festival Mix Brasil de Cultura da Diversidade, maior evento cultural dedicado à diversidade da América Latina e um dos maiores do mundo. Neste ano, o Festival exibe mais de 110 filmes nacionais e internacionais de diversos países, 44% dirigido por mulheres. Além de trazer atrações que envolvem teatro, música, literatura, laboratório audiovisual, conferência e o BIG MIX Jam 4Diversity – 1º Game Jam da Diversidade.
Com entrada gratuita em toda a sua programação, o Festival abrirá para o público no dia com show do cantor Johnny Hooker na plateia externa do Auditório Ibirapuera. “Bixa Travesty”, estrelado por Linn da Quebrada e dirigido por Kiko Goifman e Claudia Priscilla, vencedor do Teddy Award de Melhor Documentário no Festival de Berlim e de Melhor Longa do Júri Popular e Trilha Sonora no Festival de Brasília, completa a programação de abertura, em sessão para convidados no Auditório Ibirapuera.
O 26° Mix Brasil exibirá longas de diretores e atores consagrados que fizeram parte da Seleção Oficial dos Festivais de Berlim, Toronto, Sundance, Cannes e Locarno. Inéditos em São Paulo, os destaques são “A Pé Ele Não Vai Longe”, o novo filme de Gus Van Sant, com Joaquin Phoenix, Rooney Mara e Jack Black, “Colette” de Wash Westmoreland, protagonizado por Keira Knightley, “Um Garoto como Jake” de Silas Howard no lenco Claire Danes, Jim Parsons e Octavia Spencer, “Conquistar, Amar e Viver Intensamente”, de Christophe Honoré, “Skate Kitchen”, de Crystal Moselle.
A lista conta ainda com diversos filmes premiados e aguardados que farão première no Brasil. São eles “Meus Dias de Compaixão” de Tali Shalom Ezer, com Kate Mara e Ellen Page, “O Príncipe Feliz” de Rupert Everett, com Colin Firth e Emily Watson, “Nós, os Animais”, de Jeremiah Zagar, prêmio NEXT em Sundance, “Loucas Noites com Emily” de Madeleine Olnek, com Molly Shannon e Susan Ziegler, Seleção oficial no SXSW, Outfest e Frameline, “Mapplethorpe“ de Ondi Timoner com Matt Smith, e Marianne Rendón, (Seleção oficial no Tribeca), “Eva+Candel” de Ruth Caudeli com a atriz Silvia Varon, ambas estarão na sessão.
O Festival revisita as obras de importantes realizadoras do cinema mundial com a Retrospectiva “Pioneirismo Lésbico na Direção”, exibindo filmes de Monika Treut, Barbara Hammer, Pratibha Parmar e Adélia Sampaio. A lista conta com filmes como “Evidentiary Bodies”, “Nitrate Kisses”, “Amor Maldito”, “Female Misbehavior” e “A Place of Rage”.
“Ela é Ganda”, de PJ Raval, que levou o prêmio do público de Melhor Documentário no Inside Out Toronto e do júri no Outfest, “Marilyn”, de Martín Rodríguez Redondo, melhor filme no Queer Lisboa, “As Filhas do Fogo”, de Albertina Carri, vencedor do melhor filme no BAFICI, “Obscuro Barroco”, de Evangelia Kranioti, Teddy Award – Especial do Júri na Berlinale, “Tucked”, de Jamie Patterson, prêmio do Público de Melhor Ficção no Outfest, integram a programação.
Longas nacionais no Festival Mix Brasil
O Festival Mix Brasil apresenta a maior seleção de longas-metragens nacionais de sua história. No total são 20 trabalhos brasileiros, incluídos na Mostra Competitiva e Panorama Brasil. Os selecionados que concorrerão ao Coelho de Ouro são: “45 Dias Sem Você”, de Rafael Gomes, “Bixa Travesty”, de Claudia Priscilla e Kiko Goifman, “Ilha”, de Ary Rosa e Glenda Nicácio, “Inferninho” de Guto Parente e Pedro Diógenes, “Lembro Mais dos Corvos”, de Gustavo Vinagre, “O Segredo de Davi“, de Diego Freitas, “O Sussurro do Jaguar“, de Simon(é) Jaikiriuma Paetau e Thais Guisasola, “Sócrates“, de Alex Moratto, “Sol Alegria“, de Tavinho Teixeira, e “Tinta Bruta“, de Filipe Matzembacher e Marcio Reolon.
Já na mostra Panorama Brasil estão: “Abrindo o Armário”, de Dario Menezes e Luis Abramo, “Alfredo Não Gosta de Despedidas”, de André Medeiros Martins, “Construindo Pontes”, de Heloisa Passos, “Copa 181”, de Dannon Lacerda, “Fabiana”, de Brunna Laboissière, “O Que Resta”, de Fernanda Teixeira, “Paraíso Perdido”, de Monique Gardenberg, “Rogéria – Senhor Astolfo Barroso Pinto”, de Pedro Gui, “SuperPina: Gostoso é Quando a Gente Faz!”, de Jean Santos, “Ursinho” de Stéphane Olijnyk.
Como é tradição os curtas-metragens também são destaque no Festival. Este ano serão exibidos 39 trabalhos brasileiros, sendo 16 curtas em competição. Os programas de curtas trarão os temas “Afetos Familiares”, “Boy Fugaz”, “Eternamente Soul”, “Fetiche: Free Your Mind”, “Meninas Mistério”, “Resistir para Existir”, “Sampa”, “Território/Territórios”, além da tradicional sessão “Crescendo com a Diversidade”, voltada para o público infantil.
A 3ª edição do MixLab Spcine contempla mesas que discutirão temas como panorama da cinematografia latino americana, olhar do fotográfico, plataformas Spcine Play, reflexões acerca das novas performatividades, aula sobre direção de elenco e produção cinematográfica em São Paulo, e conta com convidados como as colombianas, diretora Ruth Caudeli e a atriz Silvia Váron, o diretor e curador chileno Sebastián Silva, a diretora, atriz e produtora Helena Ignez, as atrizes Gilda Nomacce e Ana Flávia Cavalcanti, o diretor e roteirista Marcelo Caetano, entre outros.
Outras Tribos no Festival Mix Brasil
Diversas atrações que envolvem teatro, música, literatura, dança LGBT e games estão na programação. O “Dramática em Cena” traz espetáculos consagradas como “As 3 Uiaras de SP City”, texto de Ave Terrena Alves e direção de Diego Moschkovich; “Demônios”, direção de Marcelo D’avilla e Marcelo Denny e “A Ira de Narciso”, texto de Sergio Blanco e tradução de Celso Cury, direção de Yara de Novais.
No Mix Music, o projeto “Rainbow Cities” traz shows com Diego Moraes, Liniker e Mel, novos talentos Drag Queen, novas bandas e coreografias. O tradicional Show do Gongo está confirmado para o dia 25 às 16h30 no Centro Cultural São Paulo. Os vídeos, submetidos ao público e ao júri convidado comandado por Marisa Orth, poderão ser inscritos no balcão de credenciamento durante o festival.
Já o Mix Literário apresenta 16 mesas com a participação de 63 nomes fundamentais do mercado editorial nacional, autores e editores que estão discutindo o lugar da comunidade LGBTI na produção literária. Entre os destaques o Encontro entre João Silvério Trevisan e Italo Moriconi relembrando vida e obra de Roberto Piva (Museu da Diversidade, 23/11 15h), os três TRANSaraus que reunirão poetas e artistas de slam LGB e principalmente T e ‘Fascismo na Poética de Pasolini’ (Sala de debate 24/11 14h) quando serão apresentadas representações do fascismo feitas pelo cineasta e escritor italiano e sua repercussão em tempos de extremismos.
O público também poderá participar da Conferência Mix Brasil que colocará em pautas questões referentes a política, mercado, identidade, saúde e feminismo em 25 mesas, encontros, debates, cursos, oficinas e rodas de conversas. Com a curadoria de André Fischer, Gustavo Bonfiglioli e Ariel Nobre da Pajubá e outros grupos e coletivos, a conferência cobrirá temas como Gestão de Prazeres, LGBTI pós-eleições, Gordofobia, Espiritualidade Trans e Empreendedores LGBTI no Tanque dos Tubarões.
Em 2018, o festival traz uma grande novidade para os fãs dos games: o BIG MIX Jam 4Diversity, primeira Game Jam sobre a diversidade de São Paulo. Ele nasceu da união do BIG Festival, Abragames, Festival Mix Brasil, Diversidade e o Game4Diversity da Holanda. O evento acontece na Escola Britânica de Artes Contemporâneas (EBAC), reunindo desenvolvedores de jogos e profissionais do audiovisual para criar jogos com o tema desta edição do Festival: #PensoLogoResisto. E tem mais, acontece ainda uma pequena mostra de Games sobre Diversidade, o BIG Diversity, no Centro Cultural São Paulo, CCSP, de 15 a 25 de novembro, com 5 jogos do Brasil e do exterior.
Com direção de André Fischer, direção artística de João Federici e direção executiva de Josi Geller, o 26° Festival Mix Brasil de Cultura da Diversidade acontece no CineSesc, Spcine Olido, Cinemateca Brasileira, Instituto Moreira Salles, Centro Cultural São Paulo e Auditório Ibirapuera. Tudo com entrada gratuita.
O evento, que é uma realização da Associação Cultural Mix Brasil, Ministério da Cultura e Governo do Estado de São Paulo, conta com a iniciativa da Lei de Incentivo à Cultura, o patrocínio do Itaú e da Sabesp, o copatrocínio da Spcine e Secretaria Municipal de Cultura, o apoio cultural do Sesc e Secretaria de Estado da Cultura, o apoio institucional do Itaú Cultural, Dot Cine, CCSP (Centro Cultural São Paulo), Ctav e Mistika e promoção do Canal Brasil e Leitura Digital.
A programação completa do 26° Festival Mix Brasil de Cultura da Diversidade estará disponível no site www.mixbrasil.org.br