Você já imaginou que um dia Coca-Cola e Pepsi estariam unidas? Ou Adidas e Puma? Essas marcas, assim como centenas de outras, aderiram recentemente ao Stop Hate For Profit (“Pare o ódio pelo lucro”, em tradução livre), movimento de boicote publicitário que visa forçar o Facebook a agir energicamente para combater o discurso de ódio em suas redes sociais.

Plataformas como Twitter e YouTube também são afetadas pelo movimento, mas o Facebook é o alvo principal. Um número crescente de empresas, grande parte com atuação global, vem suspendendo a exibição de anúncios na plataforma no intuito de protestar contra o que seria uma estratégia da companhia de Mark Zuckerberg para lucrar com conteúdo nocivo.

São companhias gigantes como Unilever (que detém dezenas de marcas ao redor do mundo, como Omo, Kibon e Maizena no Brasil), Coca-Cola, Ford, Adidas, Starbucks, Microsoft, Pfizer, Mozilla, Vans, SAP e centenas de outras. O grupo Sleeping Giants revelou que mais de 530 marcas já aderiram ao #StopHateForProfit 

Empresas brasileiras devem aderir ao boicote

 Movimento incentiva que as empresas retirem o dinheiro aplicado na rede social durante o mês de julho, e denunciam que o Facebook foi omisso com usuários incentivando violência contra as manifestações anti-racistas, que ganham força em todo o mundo a partir do caso George Floyd, segurança negro assassinado por policiais brancos nos Estados Unidos.

No Brasil, as empresas têm sido pressionadas principalmente pelo Sleeping Giants, perfil brasileiro que diz já ter barrado até R$ 448 mil de receita de sites dissipadores de notícias falsas ou com discurso de ódio.

O perfil já cobrou posicionamento de uma série de marcas nacionais, como Riachuelo, Casas Bahia, Renner e Magazine Luiza. Com anúncio de aderência ao movimento divulgado na última sexta-feira (3), os perfis PlayStation são os mais novos membros do boicote.