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Marina Silva toma posse como Ministra do Meio Ambiente
A nova Ministra anunciou João Paulo Capobianco como secretário-executivo da pasta
Marina Silva tomou posse como Ministra do Meio Ambiente e Mudança Climática nesta quarta-feira (4) e afirmou que o país terá o desafio de cumprir o Acordo de Paris, de reduzir as emissões de gases de efeito estufa em 37% até, com relação ao que era em 2005.
A ministra também revelou o primeiro nome do primeiro escalão da pasta: o ambientalista João Paulo Capobianco foi escolhido para ser secretário-executivo, cargo que já ocupou nas outras gestões de Marina à frente do ministério.
“O Brasil tem desafio para honrar o compromisso do Acordo de Paris“, disse. Trata-se de uma área em que houve retrocesso devido ao aumento das emissões de carbono decorrentes do desmatamento, que se acirrou nos últimos quatro anos.
Serviço Florestal e Agência Nacional de Águas estão de volta
No governo Bolsonaro (PL), o Brasil aumentou, em vez de reduzir a emissão de gases de efeito estufa. Em 2021, por exemplo, o aumento foi de mais de 12% com relação ao ano anterior.
Ela ainda comemorou o retorno do Serviço Florestal e da ANA (Agência Nacional de Águas) para o guarda-chuva do Meio Ambiente, órgãos que foram transferidos para outras pastas pelo ex-ministro Ricardo Salles. E ressaltou a criação de um conselho de questões ambientais na estrutura da Presidência.
Exaltou ainda o esforço da sociedade civil e de servidores no combate ao desmonte da área na gestão Bolsonaro, e lembrou o assassinato de Bruno Pereira e Dom Phillips como sintoma simbólico desse processo.
“O estrago só não foi maior por conta de organizações, servidores públicos e parlamentares que se colocaram à frente de todo esse processo de desmonte. Sobretudo servidores públicos e também setores do Judiciário, que junto com essa sociedade corajosa, se colocaram à frente como verdadeiros anteparos da resistência da luta ambiental”, disse Marina.
“Basta de perseguição e assédio institucional. Vocês merecem e serão respeitados”, acrescentou, com relação aos servidores, e disse ainda que o combate ao racismo ambiental será um dos paradigmas de sua gestão.
Finalmente, ela disse também que, além de combater atividades como o garimpo ilegal e o desmatamento, o país tem como meta recuperar 12 mil de hectares de área degradada.
“Que a gente deixe de ser o pior cartão de visitas para nossos interesses estratégicos e passe a ser o melhor. Se as pessoas querem produtos de base sustentável, aqui deverá ser o endereço”, completou.